EUA-UE

Os Estados Unidos chegaram a um acordo com a União Europeia (UE) para resolver uma disputa de três anos sobre tarifas sobre aço e alumínio importados do bloco, disseram autoridades norte-americanas neste sábado.

“Chegamos a um acordo com a UE que mantém as tarifas 232, mas permite que volumes limitados de aço e alumínio da UE entrem nos EUA sem tarifas”, disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, a repórteres.

“Este acordo é significativo, pois reduzirá os custos para fabricantes e consumidores americanos”, disse Raimondo, acrescentando que o custo do aço para fabricantes nas indústrias de downstream dos EUA mais do que triplicou no ano passado.

Em troca, a UE reduzirá suas tarifas de retaliação sobre produtos americanos, de acordo com Raimondo.A UE deveria aumentar as tarifas em 1º de dezembro para 50% em vários produtos dos EUA, incluindo motocicletas Harley-Davidson e bourbon de Kentucky.

“Acho que não podemos subestimar o quão incapacitante é uma tarifa de 50%.Uma empresa não pode sobreviver com uma tarifa de 50%”, disse Raimondo.

“Também concordamos em suspender as disputas da OMC relacionadas às 232 ações”, disse a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, a repórteres.

Enquanto isso, “os EUA e a UE concordaram em negociar o primeiro acordo baseado em carbono no comércio de aço e alumínio e criar maiores incentivos para reduzir a intensidade de carbono nos modos de produção de aço e alumínio produzidos por empresas americanas e europeias”. disse Tai.

Myron Brilliant, vice-presidente executivo da Câmara de Comércio dos EUA, disse no sábado em um comunicado que o acordo oferece algum alívio para os fabricantes americanos que sofrem com os preços crescentes do aço e escassez, "mas são necessárias mais ações".

“As tarifas e cotas da Seção 232 permanecem em vigor sobre as importações de muitos outros países”, disse Brilliant.

Citando preocupações de segurança nacional, o governo do ex-presidente Donald Trump impôs unilateralmente uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as importações de alumínio em 2018, sob a Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962, atraindo forte oposição no mercado interno e no exterior .

Não conseguindo chegar a um acordo com o governo Trump, a UE levou o caso à OMC e impôs tarifas de retaliação a uma série de produtos americanos.